Projeto
Folclore Brasileiro: Plantas medicinais e outras manifestações
1 –
ESPECIFICAÇÃO:
Unidade:
Creche
Dona Palmira e Morello Mencarini
Público
alvo: Maternal II - A
Período: 14/08/2017
a 08/09/2017
Coordenadora:
Ceila
Reis
Execução: Zilda
Rosa de Souza
2 –
JUSTIFICATIVA:
Tendo em
vista que cultura de um povo deve manter-se viva com divulgação dos
conhecimentos faz-se necessário a realização de trabalhos voltados com esta
temática desde os primeiros anos da criança nas unidades de ensino. As
manifestações folclóricas são amplas e devem ser trabalhadas durante todo ano,
no entanto as atividades terão ênfase nas plantas medicinais, permeadas por
algumas lendas, parlendas, brincadeiras, danças e músicas.
3 –
OBJETIVO GERAL:
Conhecer a biodiversidade de algumas plantas
medicinais permeando por outras manifestações características do Folclore Brasileiro.
4 – OBJETIVOS
ESPECÍFICOS:
- Resgatar e
valorizar o plantio, o cultivo das ervas medicinais, assim como remédios
caseiros, incentivando a medicina popular.
- Conhecer
algumas plantas medicinais mais utilizadas no cotidiano do público alvo.
- Valorizar
o folclore brasileiro;
- Resgatar
brincadeiras e músicas folclóricas;
- Desenvolver
a criatividade, imaginação e raciocínio;
- Conhecer algumas lendas
folclóricas (saci, iara, curupira, boitatá, boi bumba etc).
- Ampliar a linguagem oral, visual
e a expressão corporal por meio de contos infantis, cantigas de roda e
brincadeiras folclóricas.
5
– DESENVOLVIMENTO:
I:
Roda
de conversa para verificar o que as crianças sabem sobre o tema Folclore.
II: Atividade com a lenda do Saci Pererê e
Cuca:
- Ouvir
a lenda do Saci Pererê e dançar a música.
- Realizar
a brincadeira denominada “Cuidado com a Cuca”. Outra atividade é a realização
de circuito (psicomotricidade) pulando com uma perna só entre outras.
- Assistir
ao episódio focado no Saci Pererê do Sítio do Picapau Amarelo.
III:
Trabalhar a planta medicinal “Alecrim”.
- Levar
para a sala galhos da planta para manuseio e estimular o olfato.
- Levantar
questionamentos sobre a planta. Listar
as vantagens do uso.
- Ouvir
e cantar a música “Alecrim, alecrim”.
- Expor
em vaso (garrafa Pet) e em saquinho alguns galhos das plantas.
IV:
Abertura de um parêntese:
Como foi discutido o
plantio e cultivo de algumas ervas levantou-se a problemática do que a planta
precisa para sobreviver e algumas crianças disseram que chuva e água. Desta
forma, a música “Chuvinha” foi trabalhada.
- Ouvir
a música e executá-la por meio de gestos.
- Distribuir
a letra da música para pintar nuvens mais escuras (já foi visto no início do
ano com se forma as chuvas).
- Misturar
junto às crianças tintas preta e branca para resultar no cinza.
- Oferecer
pincel para pintar as nuvens.
- Distribuir
pequenas gotas de água para colagem.
- Vídeo
com as crianças cantando a música.
V:
Cuidado com a terra:
- Levar
a turma para verificar como está a terra do canteiro.
- O
educador deve mexer a terra com enxada e em seguida pedir às crianças que mexam
na terra deixando-a fofinha. (A terra já foi suprida com casca de ovos e
legumes, pó de café, mas posteriormente será colocado um pouco de adubo
industrial e calcário).
VI:
Atividade com a planta Hortelã:
- Na
roda de conversa apresentar um maço de hortelãs e levantar questionamentos
sobre a planta.
- Distribuir
uma folha para cada criança perceber sua cor, textura e cheiro.
- Explanar
em breves palavras as indicações terapêuticas da planta focando no benefício
que tem para eliminar as verminoses. Explicar a importância da limpeza das
mãos, frutas, verduras e legumes.
- Após
análise concreta oferecer giz de cera para desenhar a folha ou folhas.
- Oferecer
um pequeno galho de hortelã para colagem junto à receita para verminoses.
- Levar
para sala uma caneca com água quente e uma vasilha com os galhos lavados para
fazer chá. Cada criança, cuidadosamente e sob orientação da professora e da
ADI, deverá colocar um galho na água quente. Acrescentar algumas colheres de
açúcar (Matemática) e deixar em infusão. Levantar a pergunta: como ficará a
água quando formos tomar o chá?
- Após
o almoço oferecer uma pequena quantidade de chá para cada criança.
VII:
Atividade com a planta Melissa ou Erva Cidreira Verdadeira:
- Apresentar
o vaso da planta Melissa.
- Oferecer
algumas folhas para manuseio e sentir o aroma.
- Levantar
questionamentos sobre o que observaram e sentiram? Nome da criança que tem o
mesmo nome? Cor? Formato? Entre outros.
- Assistir
ao vídeo do Youtube sobre as características e indicações terapêuticas.
- Registrar
com giz de cera ou canetinha a planta junto às indicações.
- Tirar
foto com a planta para colagem na mesma folha das indicações.
VIII:
Atividade com a planta Erva Doce:
- Roda
de conversa e rever as plantas já trabalhadas expostas na sala.
- Levar
a turma para conhecer a planta “Erva doce” plantada no quintal da unidade.
- Explorar
a planta no habitat onde nasceu.
- Trabalhar
o poema “Que delícia de chá”.
Que
delícia de chá!
Num dia frio eu tomo quentinho,
Se está calor, geladinho é bem melhor.
De hortelã, de camomila
Ou de qualquer outro sabor.
O de camomila amarelo fica.
Fica verdinho o de hortelã.
E de que cor será que é um chá
De erva doce e de maçã?
IX:
Atividade com a planta Manjericão:
- Roda
de conversa sobre a planta que foi mais interessante, qual apresentou melhor
aroma entre outros questionamentos.
- Apresentar
galhos de manjericão para apreciar suas características.
- Discutir
sobre suas utilidades na saúde e culinária.
- Colar
pequeno galho em papel sulfite previamente preparado com as indicações.
X:
Atividade com a planta Guaco:
- Roda
de conversa sobre plantas medicinais.
- Disponibilizar
uma reportagem (2min51seg) pela Rede Record sobre os benefícios do chá de
Guaco.
- Discutir
sobre o que as crianças entenderam da reportagem.
- Apresentar
o ramo da planta para manuseio e conhecimento.
- Colar
folhas e disponibilizar outras em saquinho etiquetado para exposição.
XII:
Palestra:
ü As
palestras acontecerão em dois dias com abordagens diferentes. As palestrantes
serão convidadas por meio de ofício da unidade.
- A primeira será uma roda de conversa com a Srª
Natalina Sebastiana de Andrade, que é avó de duas crianças da unidade. Levará
algumas plantas e discorrer sobre cada uma. (Já confirmada para o dia
30/08/2017).
- A
segunda será com a bióloga Márcia Helena Quinteiro Leda que também fará uma
abordagem explicando os benefícios das ervas medicinais. (A confirmar).
XII:
Atividade de plantio das plantas medicinais trabalhadas em sala e outras que
eventualmente possa ser doada pelas famílias ou funcionários da unidade:
- Rever
com as crianças as mudas e nomes das plantas que serão plantadas em canteiro
previamente cuidado pela turma e professora.
6 – ESTRATÉGIAS:
Atividades psicomotoras e visomotoras, roda
de conversa, colagem, desenho, atividade audiovisual (vídeo Youtube e
reportagem), brincadeiras, música, dança, recital, cuidado com a terra, plantio
de mudas, palestras, apresentação de músicas.
8 –
RECURSOS:
Caixa de som, pen drive, cd, DVD, TV,
sulfite, giz de cera, canetinha, cola, mudas e folhas de plantas medicinais
diversas, terra, vasos, água quente e fria, açúcar, colher, canecas, vasilhas
diversas, enxada, cascas de ovos, pó de café, adubo.
9 –
CULMINÂNCIA:
ü Apresentação
das músicas “Cai chuvinha” e “Alecrim” para toda unidade.
10 –
AVALIAÇÃO:
A avaliação diária ocorrendo
a cada etapa da realização das atividades sem caráter quantitativo, pois as
observações estarão centradas do desenvolvimento integral de cada criança.
OBSERVAÇÃO: O projeto
pode sofrer alteração no decorrer de seu desenvolvimento.
11 –
REFERÊNCIAS:
Sítio do Picapau amarelo.
Direção Rodolfo Nanini e Nelson Pereira dos Santos, 1974. Formato DVD. Idioma:
Português, Espanhol e Inglês.
SEBRAE – Serviço Brasileiro de apoio às Micro
e Pequenas Empresas. Jovens e
empreendedores: O mundo das ervas aromáticas. Brasília: 2012 (Livro do
aluno, 1º ano).
Anexo I:
Folclore
Brasileiro
O Folclore Brasileiro é o conjunto de
expressões culturais populares que englobam aspectos da identidade nacional.
São exemplos mitos, lendas,
brincadeiras, danças, festas, comidas típicas e demais costumes que são
transmitidos de geração para geração.
O folclore brasileiro é bem
diversificado e conta com atributos das culturas portuguesa, africana e
indígena.
Apesar dessa riqueza, o folclore só
começa a figurar nas narrativas oficiais a partir do século XIX.
Com Mário de Andrade e a criação do
Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), o folclore ganha
um aspecto mais acadêmico.
